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Se a bola alçada na área atleticana petrifica o torcedor mineiro, o toque curto à frente da zaga santista tira o fôlego do praiano. Times de ataques talentosos e eficientes, Atlético e Santos convivem desde o começo do ano com problemas na defesa.
A partida da última quarta-feira fez valer a índole ofensiva das duas equipes. Cinco gols, chutes na trave, chances perdidas debaixo da baliza... O 3 a 2 poderia ter sido, sem exagero, um 4 a 3 ou 5 a 4.
Frios como sempre, os números finais foram bons para o Peixe. É verdade que o Galo joga por um empate na Vila Belmiro, mas o ataque dos 100 tentos, liderado por Neymar e André, não passou em branco uma vez sequer em 2010.
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O atleticano há de responder que, assim como o adversário, o Carijó tem facilidade em vazar o oponente. Na atual temporada, só não gritou “gol” duas vezes em 22 compromissos.
É por tudo isso que o confronto não está definido. O embate na Vila deve ser novamente aberto, recheado de alternativas e com muita bola na rede.
Para os cornetas ou desesperançados, fica o ensinamento de Roberto Drummond:
Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.