terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Top 15 da década

Hora de escolher os melhores filmes desta década. Tarefa difícil, mas divertida.

15 – Chicago
Estados Unidos, 2002, de Rob Marshall
Musical de primeira, que lembra muito as grandes produções do passado. Direção assustadoramente precisa.

14 – Shrek
Estados Unidos, 2001, de Andrew Adamson e Vicky Jenson
Marcou o começo da era das grandes animações, inovou o formato e a linguagem do gênero e levou o primeiro Oscar de Longa Metragem Animado.

13 – Moulin Rouge! Amor em Vermelho
Moulin Rouge!, Estados Unidos/ Austrália, 2001, de Baz Luhrmann
Responsável pela volta dos musicais às telonas, adota uma linguagem completamente diferente de Chicago, mas surte o mesmo efeito. Memorável.

12 – Ratatouille
Ratatouille, Estados Unidos, 2007, de Brad Bird
Nossos filmes favoritos são os que mais nos comovem, geram mais empatia, catarse. Ratatouille me pegou no flashback de Ego. Obra-prima. Ah, também foi o primeiro da fornada adulta da Pixar que gerou logo depois WALL-E e Up.



11 – O Jardineiro Fiel
The Constant Gardener, Estados Unidos/ Alemanha/ Brasil, 2005, de Fernando Meirelles
Arrancou aplausos (e lágrimas) mundo afora. Belíssimo, visual e dramaticamente.

10 – O Pianista
The Pianist, Estados Unidos/ França/ Polônia, 2002, de Roman Polanski
Choca pelo realismo e pela sensibilidade com que retrata o sofrimento do músico judeu. O melhor de Polanski.



9 – Filhos da Esperança
Children of Men, Estados Unidos, 2006, de Alfonso Cuarón
Difícil entender como passou tão despercebido em 2006. Simplesmente avassalador.

8 – Guerra nas Estrelas: Episódio III – A Revanche dos Sith
Star Wars: Episode III – Revenge of the Sith, Estados Unidos, 2005, de George Lucas
Ainda que eu não fosse um fã, estaria na lista. Marcou o fim da maior saga da história do cinema. E ela terminou em alto nível.

7 – Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
Eternal Sunshine of the Spotless Mind, Estados Unidos, 2004, de Michel Gondry
Quem já gostou de alguém entende bem esse aqui. Fantástico.

6 – Menina de Ouro
Million Dollar Baby, Estados Unidos, 2004, de Clint Eastwood
O diretor da década merecia ser lembrado e esse foi o melhor trabalho dele. Sensível, triste e genial.

5 – Kill Bill: Volume 1
Kill Bill: Volume 1, Estados Unidos, 2003, de Quentin Tarantino
Difícil foi escolher qual dos volumes merecia estar aqui. Emocionei-me mais com o primeiro. Um dos melhores filme de Tarantino.



4 – Cidade de Deus
Cidade de Deus, Brasil, 2002, de Fernando Meirelles
Sem pudores, pra mim é o melhor brasileiro de todos os tempos. Tem tudo na medida certa. O reconhecimento internacional foi estrondoso. Cinema de primeira.

3 – Batman: O Cavaleiro das Trevas
The Dark Knight, Estados Unidos, 2008, de Christopher Nolan
Mudou para sempre as adaptações de HQs. Não é uma historiazinha de herói. É um longa policial (dos melhores) com um herói no meio da trama.

2 – O Labirinto do Fauno
El Laberinto del Fauno, México, 2006, de Guillermo Del Toro
A emoção da cena final foi um dos melhors momentos que vivi no cinema nos últimos anos. Filmaço.

1 – O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
The Lord of the Rings: The Return f the King, Estados Unidos/ Nova Zelândia, 2003, de Peter Jackson
A lista toda exigiu uma mistura de razão e emoção, às vezes a briga de um sentimento com o outro. O número um não poderia deixar de ser esse. Tem o coração, já que sou um fã confesso da série, e a cabeça, uma vez que venceu tudo. Guardem essas marcas: 1,1 bilhão de dólares de bilheteria, 11 Oscar (inclusive filme, diretor e roteiro), maior vencedor da história do prêmio da Academia ao lado de Titanic e Ben-Hur. De fato, merece o topo.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tá chegando

Falta pouco menos de um mês para o aniversário de dez anos de uma data que vale muito para os atleticanos (e que os cruzeirenses devem odiar)...

domingo, 11 de outubro de 2009

Esse bastardo...


O estilo é o mesmo de antes e o resultado, também. Tarantino voltou a abusar da sua forma particular de fazer cinema e transformou Bastardos Inglórios em mais um fora-de-série. Cobrem-me se as 'profecias' abaixo não se tornarem realidade nos próximos anos:

- Aldo Raine e Hans Landa serão personagens iconográficos;

- A trilha sonora, mais uma vez recheada de referências, vai estourar;

- O primeiro diálogo, entre Hans Landa e Perrier LaPadite, vai virar aula de roteiro. Será comparado aos que Tarantino escreveu em Kill Bill (A Noiva e Bill no final do longa) e Pulp Fiction (Vincent e Jules no carro);

- Bastardos Inglórios será tão cultuado quanto os projetos anteriores do diretor;

O sempre-bom e não-tão-velho Quentin conseguiu outra vez.

domingo, 20 de setembro de 2009

What's the matter with him?



Sobre Meninos e Lobos…

Menina de Ouro…

A Conquisa da Honra...

Cartas de Iwo Jima…

A Troca...

Gran Torino...

De 2003 para cá, Clint Eastwood dirigiu os seis filmes, trabalhos acima da média. Dois deles, pelo menos, são obras-primas (os dois primeiros). A recompensa? Sete indicações ao Oscar e duas estatuetas pelo drama da boxeadora Maggie Fitzgerald.

O último, Gran Torino, é mais um fora-de-série. O protagonista machão lembra, de propósito, um áureo Dirty Harry. O personagem preconceituoso e solitário que aos poucos se redime do passado ecoa em Menina de Ouro. A direção sensível e o final impactante estão em todos os exemplares da lista que abre este post.

Gran Torino é o melhor filme de 2008. Injustiça não ter sido, sequer, indicado ao Prêmio da Academia. Ironia que, num ano de produções inferiores às de 2007, a melhor delas seja superior a todas da temporada passada.

Aos 79 anos, Clint ainda consegue amadurecer a cada trabalho. Essa característica, somada à bagagem da lista acima, só faz crescer a expectativa para Invictus, projeto do cineasta que chega aos cinemas em dezembro, biografia de Nelson Mandela.

Cabe perguntar se será, mais uma vez, um dos melhores do ano?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Saldo do Verão

X-Men Origens: Wolverine – U$ 363 milhões em todo o planeta

Star Trek – U$ 382 milhões

Anjos e Demônios – U$ 483 milhões

Uma Noite no Museu 2 – U$ 396 milhões

O Exterminador do Futuro: A Salvação – U$ 370 milhões

A Era do Gelo 3 – U$ 789 milhões

Transformers: A Vingança dos Derrotados – U$ 824 milhões

Harry Potter e o Enigma do Príncipe – U$ 861 milhões

G-Force – U$ 126 milhões

G.I. Joe – U$ 188 milhões

Bruno – U$ 147 milhões

The Hangover – U$ 402 milhões
Ainda não estreou no resto do mundo

Year One – U$ 53 milhões
Ainda não estreou no resto do mundo

Up – U$ 388 milhões
Ainda não estreou no resto do mundo

Pequenas considerações:

1 – X-Men manteve a média de seus antecessores.

2 – Star Trek não chegou aos U$ 400 milhões, mas deu novo fôlego à série. O 11º capítulo já está confirmado.

3 – A rejeição a O Código da Vinci atrapalhou Anjos e Demônios.

4 – O Exterminador do Futuro: A Salvação não rendeu como esperado.

5 – Transformers superou o prequel e se tornou um dos maiores sucessos do verão.

6 – Harry Potter deve chegar perto do bilhão arrecadado. Caminho aberto para a 7ª aventura finalmente romper essa barreira.

7 – The Hangover e Up vão se tornar mega-sucessos globais.

Concordam?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

James is back!

Gênio ou maluco? A dúvida percorre a vida de quase todos que se destacam no que fazem. Se dá certo, é fantástico, fora de série. Do contrário, é um louco, perdido. Às vezes até penso que, no fundo, uma coisa não exclui a outra.

James Cameron segue à risca as linhas acima.

Maluco, criou um robô futurista que vem ao presente dar fim à guerra de anos à frente. Gênio, fez de O Exterminador do Futuro o renascimento da ficção científica no cinema.

Louco, recriou um transatlântico (em tamanho real!) só para afundá-lo meses depois. Excepcional, ganhou 11 Oscar com Titanic e colocou o filme no topo das bilheterias para sempre.

Chegou a hora do canadense aprontar mais uma vez. Depois de dez anos de espera, vai lançar Avatar, uma ficção científica dramática, que se passa no futuro e tem como tema a exploração espacial. Foi filmado em 3D e já gastou mais de U$ 200 milhões na produção.

Será o longa mais um mega sucesso ou vai se tornar um super fracasso?

Gênio ou louco?

A resposta, só saberemos em dezembro.

Enquanto isso, fica uma palhinha:



Aposto 50 mangos no gênio.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A façanha do suíço


Comparar atletas de gerações diferentes é uma prática perversa, afinal de contas a história do esporte mostra que as modalidades evoluem com o passar dos anos. Pelé jogava em uma época completamente diferente de Maradona, a Fórmula-1 de Senna e Prost não era a mesma de Schumacher e o basquete de Wilt Chamberlain era outro comparado ao de Michael Jordan.

Em 2009, Roger Federer chegou ao Olimpo do tênis: fechou o career slam com o triunfo em Roland Garros há um mês e ontem alcançou o 15º título de um major, marca que só ele tem. Agora, é louvado pela imprensa mundial como o maior de todos os tempos.

Vale o argumento do parágrafo inicial para o esporte da bolinha amarela? É claro que sim! O tênis hoje praticado não é o mesmo dos tempos de Pete Sampras, John McEnroe, Bjorn Borg, Rod Laver, Roy Emerson e Fred Perry. Portanto, é impossível precisar quem foi o melhor da história.

A impossibilidade de chegar a essa conclusão não diminui os feitos de Federer. O suíço é sim o mais vencedor de todos os tenistas. Roger merece ser lembrado como um verdadeiro gênio e deve ser respeitado até o fim da vida por tudo o que alcançou.

Por fim, uma curiosa observação: quase imbatível entre 2004 e 2007, Federer finalmente ganhou em Paris e quebrou o recorde de títulos de Grand Slam em Wimbledon na pior fase da carreira. Uma ironia que só o esporte pode criar.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Vida Nova na Grama



Eles conquistaram vitórias históricas, levantaram o público e voltaram ao centro dos holofotes. Lleyton Hewitt, Juan Carlos Ferrero e Tommy Haas parecem ter reencontrado o tênis de alguns anos atrás. Colocando o coração em quadra, o trio já está nas quartas-de-final em Wimbledon.

Ex-número 1 do mundo, campeão na grama sagrada em 2002, Hewitt atropelou o cabeça 5 Juan Martin Del Potro na segunda rodada. Embalado, venceu todos que cruzaram seu caminho até o momento. Hoje, virou partida memorável contra Radek Stepanek: 3 a 2 (4/6, 2/6/, 6/1, 6/2, 6/2).

Juan Carlos Ferrero é outro que já esteve à frente do ranking mundial. Campeão no saibro de Roland Garros em 2003, o tenista de Valência já faz a melhor campanha da carreira no All England Club. O destaque? O triunfo heróico sobre Fernando González nas oitavas-de-final: 3 a 2 (4/6, 7/5, 6/4, 4/6 e 6/4).

Por fim, o alemão Tommy Haas redescobriu na grama o prazer em atuar. Depois do título em Halle, ele caminha com autoridade em Londres. Contra Marin Cillic, venceu uma partida épica, que levou dois dias para terminar: mais uma vez, 3 a 2 – 7/5, 7/5, 1/6, 6/7 e 10/8.

Rusty, El Mosquito e Tommy podem até não levantar a taça, mas vê-los voltar ao tênis em alto nível já é motivo de alegria. E mais: dá vida a Wimbledon, que já começou esvaziado sem a presença de Rafael Nadal.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Fúria?


Impossível não ser redundante. Culpa da Fúria, de novo. É incrível como a Espanha consegue se superar. Sempre que acreditamos, La Roja fica no meio do caminho.

Copa do Mundo 1998
- Chegou com pompa ao Mundial: era a Espanha de Raúl, Morientes, Kiko e Luiz Enrique
- Eliminada na 1ª fase, após perder para a Nigéria e empatar com o Paraguai

Euro 2000
- Venceu o Grupo C com uma vitória espetacular sofre a forte Iugoslávia por 4 a 3
- Perdeu para a França nas quartas-de-final: 2 a 1

Olimpíada de Sydney 2000
- Empate em 2 a 2 com Camarões na decisão e derrota nos pênaltis

Copa do Mundo 2002
- Primeira fase brilhante com três vitórias
- Empate em 1 a 1 com a Irlanda e vaga nos pênaltis nas oitavas-de-final
- 0 a 0 no tempo normal e queda nas penalidades diante da Coréia do Sul

Euro 2004
- Começou batendo a Rússia, mas acabou eliminada ainda na 1ª fase

Copa do Mundo 2006
- Sensação da 1ª etapa, 9 pontos em 3 jogos, goleadas, jogo bonito
- 3 a 1 para a França de Zidane nas oitavas-de-final

Agora, mais do que nunca, os espanhóis chegaram fortes. O título da Euro 2008 "provava" que amarelar era coisa do passado. E na África do Sul, o que vimos? Futebol vistoso, ofensivo e uma inesperada derrota para os Estados Unidos na semifinal.

Parei com a Fúria. Agora é sério.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Brasil 2 x 1 Paraguai


Do desespero do cerimonial com as crianças que demoravam a entrar em campo com a bandeira da FIFA ao apito final de Oscar Juiz, tudo foi de arrepiar na noite da quarta-feira no Arruda.

A festa dos pernambucanos foi linda, ainda que pequem algumas falhas – acreditam que, no treino da véspera, quase barraram nosso coordenador, que estava credenciado, e deixaram muita gente sem autorização entrar?

A cerimônia padrão da FIFA para a entrada das equipes no gramado é mesmo tocante, um verdadeiro aperitivo para o prato principal. Os hinos nacionais foram belíssimos. O coral de crianças de uma favela do Grande Recife cantou, inclusive, a letra paraguaia. A execução do nosso foi de emocionar.

Em campo, um jogo corrido e disputado. Muito mais time, o Brasil venceu bem, apesar de não exibir um futebol brilhante. Ainda há defeitos a serem corrigidos, especialmente na defesa, que, em dados momentos, perde-se por completo no posicionamento.

O teste verdadeiro começa na próxima segunda, na Copa das Confederações. Segunda-feira, às 10h30 da manhã, tem Brasil x Egito.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

2009 FIFA Confederations Cup


BRASIL Júlio César, Daniel Alves (Maicon), Lúcio, Juan, Kléber; Gilberto Silva, Felipe Mello, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.

Desfalques: Anderson, Alex e Doni (lesionados)

Técnico: Dunga
Breve Currículo: Campeão da Copa América em 2007 pelo Brasil


ITÁLIA Buffon, Zambrotta, Cannavaro, Chiellini, Grosso; Gattuso, Pirlo, De Rossi e Camoranesi; Gilardino (Iaquinta) e Luca Toni (Quagliarella).

Desfalques: Nenhum

Técnico: Marcello Lippi
Breve Currículo: Campeão da Copa do Mundo de 2006 pela Itália, um título da Liga dos Campeões (1996) e cinco do campeonato italiano pela Juventus (1995, 97, 98, 2002 e 2003)


ESPANHA Casillas, Sérgio Ramos, Marchena, Puyol e Capdeville; Xabi Alonso (Busquets), Xavi, Fábregas e David Silva; Fernando Torres e David Villa.

Desfalques: Iniesta e Marcos Senna (machucados)

Técnico: Vicente Del Bosque
Breve Currículo: Campeão da Liga dos Campeões (2000 e 2002), do Mundial de Clubes (2002) e do Campeonato Espanhol (2001 e 2003) pelo Real Madrid

Quem leva a melhor?

sábado, 30 de maio de 2009

Repeteco

E lá vem a Pixar, mais uma vez. Up estreou nos cinemas norte-americanos nesse fim de semana. Com ele, uma enxurrada de críticas positivas. O site Entertainment Weekly arriscou, inclusive, uma coluna para discutir se o longa-metragem é o melhor da história do estúdio.

A nova animação só chega ao Brasil em julho, mas já vale perguntar: até o momento, qual o seu filme favorito da "turma de John Lasseter"?

- Toy Story
- Vida de Inseto
- Toy Story 2
- Monstros S.A.
- Procurando Nemo
- Os Incríveis
- Carros
- Ratatouille
- WALL-E

Fico com Toy Story.

A propósito, nessa semana foi divulgado o primeiro teaser do terceiro capítulo da saga dos brinquedos:



Lá vem a Pixar, mais uma vez...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Salvação?


É nesta sexta-feira que a quarta parte da saga Terminator, criada por James Cameron e eternizada por Arnold Schwarzenegger, ganha os cinemas. O Exterminador do Futuro: A Salvação chega cercado de expectativa e com a missão de arrecadar milhões nas bilheterias mundo afora.

Vários são os motivos para explicar a ansiedade pela produção. É o primeiro filme da série sem Schwarzenegger. Apesar do governador da Califórnia fazer uma ponta, não o veremos como o clássico cyborg dos episódios anteriores. Diante de isso, surgem as perguntas: sobreviverá a franquia sem Arnold? Será a trama boa o suficiente para fazer o público esquecê-lo?

A história, aliás, muda radicalmente o tom antes apresentado. Se nos três primeiros Exterminadores vimos Sarah e John Connor lutarem contra o Dia do Julgamento Final, agora estaremos no ápice do confronto entre homens e máquinas. A nova linha vai agradar?

Há ainda o efeito McG. O diretor tem no currículo apenas dois trabalhos de peso: As Panteras e As Panteras: Detonando, fracassos na análise da crítica que dividiram o gosto do público. Famoso por seu portfólio de videoclipes, McG tem agora a grande chance de por a carreira nos trilhos. Conseguirá o cineasta acertar a mão? Ou vai enterrar a já clássica série?

Os milhões nas bilheterias só chegarão aos cofres dos chefões se Salvation superar as desconfianças, se as respostas das perguntas acima forem positivas. Para formar a sua opinião, vá ao cinema. Eu vou.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Os melhores finais


A experiência é válida. Puxe pela memória os finais de filmes que mais te marcaram. Na certa há algum que o deixou pensativo, emocionado, feliz. Alguns exemplos memoráveis (se ainda não assistiu o longa em questão, pule por favor!):

- O PODEROSO CHEFÃO (1972) Mike mentindo na lata e a porta fechada na cara da pobre Kay... A conclusão perfeita do maior de todos os filmes.

- DR. FANTÁSTICO (1964) A cena das bombas caindo é tão surpreendente que faz até rir!

- CASABLANCA (1942) Colocá-la no avião e mandá-la embora é ter coragem demais...

- O PODEROSO CHEFÃO – PARTE II (1974) – Mais impactante que o final do primeiro, mas prefiro a conclusão do prequel. De toda forma, é do fim da segunda parte que a maioria das pessoas gosta.

- AMNÉSIA (2000) Duvido que alguém saiu do lugar quando terminou de assistir pela primeira vez. É de fazer pensar por mais de hora.

- O SEXTO SENTIDO (1999) – O final surpreendente é a alma do melhor projeto de Shyamalan.

- O CAVALEIRO DAS TREVAS (2008) A conclusão chega a ser absurda de tão realista e pessimista. É comovente e chocante.

- O IMPÉRIO CONTRA-ATACA (1980) Ê vontade de assistir logo O Império de Jedi! Luke e Léia observando a frota partir... Lando em busca de Han Solo... É demais. De fato, o melhor Guerra nas Estrelas.

- DE VOLTA PARA O FUTURO – PARTE II (1989) Sensacional. A mistura entre presente, passado e futuro foi muito bem usada para concluir a segunda parte. E mais: ninguém sai do lugar, esperando logo a conclusão da trilogia.

- CIDADÃO KANE (1941) Rosebud!

- ERA UMA VEZ NO OESTE (1968) Nada inovador. Na verdade, é justamente o contrário: o clichê. Mas o duelo entre Gaita e Frank é fantástico.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O que esperar do verão?


Ah, o verão... Não o nosso, mas o lá de cima, do hemisfério norte. Terminada a safra dos filmes do Oscar, é hora da estreia das produções do american summer, em sua maioria blockbusters que vão tentar abocanhar centenas de milhões de dólares nas bilheterias.

É quase certo que o nível dos produtos que vão tomar as telonas a partir do dia 1º de maio não deve ser o mesmo dos indicados ao prêmio da Academia, mas isso não significa que não possamos apreciar o que vem por ai. Basta lembrar de O Cavaleiro das Trevas e WALL-E em 2008 para ter certeza disso.

O pontapé inicial é daqui a duas semanas com X-Men Origins: Wolverine. Depois é a vez de Jornada nas Estrelas, rebatismo da famosa série de TV, agora nas mãos de J.J. Abrahams, a mente criadora Lost e que reinventou Missão Impossível há três anos. Destaque também para O Exterminador do Futuro 4, situado em plena guerra homens x máquinas.

A Pixar vai atacar com Up. Nos dois últimos anos, duas obras-primas: Ratatouille e WALL-E. Agora prometem unir um idoso sedentário e uma criança escoteira em "uma aventura que vai mudar as suas vidas". Cheiro de mais Oscar. No terreno das animações, ainda teremos A Era do Gelo 3, do brasileiro Carlos Saldanha.

Transformes: A Revanche dos Derrotados e Anjos e Demônios vão tentar aproveitar o sucesso financeiro dos prequéis para fazer mais milhões mundo afora. E ainda tem Uma Noite no Museu 2 e Prince of Persia– isso mesmo, adaptação do joguinho, com Jake Gyllenhaal.

Os candidatos a filme-ganso são Velozes e Furiosos 4, re-reunindo Paul Walker e Vin Diesel e Comandos em Ação (!). Ah, não posso esquecer de 2012, nova tentativa de Roland Emmerich de destruir o mundo e tudo mais.

Harry Potter e o Príncipe Mestiço vai tentar chegar à contagem do bilhão. Bruno é promessa de ver Sacha Baron Cohen fazendo mais macaquices Estados Unidos afora, desta vez no universo da moda. Por fim há Public Enemies, a máfia retratada por Michael Mann com Johnny Depp e Christian Bale.

Qual deles vai vencer a corrida pelo topo? Apostaria no bruxo britânico para maior sucesso comercial por causa da solidez da série – já é o sexto episódio. De toda forma, impossível é não reconhecer que Public Enemies, Up e Jornada nas Estrelas são os grandes candidatos a melhor filme da temporada. Sim, Star Trek está na lista. Dois Spocks juntos é simplesmente “doido demais”.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rivalidade


Há quem diga que todo belo-horizontino é também minastenista. A regra, muitas vezes, é válida. Cai por terra quando uma paixão maior, aquela, a do futebol, adentra território antes inexplorado. Para ficar nos exemplos que nossa geração viu, foi assim na época do futsal do Galo e é agora com o vôlei masculino do Cruzeiro.

É verdade que o caso celeste foi diferente. Emprestaram o nome a um time pronto, que já há duas temporadas incomodava os grandes na Superliga. Em 2009, empurrado também pelos cruzeirenses, se superou. Além do título estadual (antes da ‘fusão’), duelou ponto a ponto com o Minas na semifinal do campeonato brasileiro.

Engraçado foi ver os atleticanos dizerem que lotariam a Arena JK, assistiriam às partidas com o uniforme branco-e-preto, reforçariam a já grande e fanática torcida do MTC. Fato legal que dá ainda mais graça à já interessante reta final do torneio de voleibol.

Bom seria se Atlético e Cruzeiro investissem mais em outros esportes. Sei que é difícil, evidentemente por causa da área financeira. Mas não custa sonhar. No vôlei, hoje deu Minas. Deu Galo.

domingo, 15 de março de 2009

Ah, Itália!


Nenhum time classificado para as quartas da Liga dos Campeões. Duas equipes eliminadas nas oitavas-de-final da Copa da UEFA. Uma seleção nacional que tenta se encontrar num trabalho de renovação após a fracassada campanha na Eurocopa do ano passado. A situação do calcio não é nada boa.

Segunda colocada de seu grupo na 1ª fase da Champions (conseguiu a proeza de ficar atrás do Panathinaikos) a Inter não teve forças para segurar o Manchester United. Apesar do bom jogo em Old Trafford, a tricampeã italiana em momento algum esteve à altura dos Diabos Vermelhos.
Incompetente nos penais, a Roma perdeu a vaga nas quartas-de-final para o Arsenal, inglês mais fraco da temporada.

A Juventus parecia ser a salvadora da pátria, já que bateu com facilidade o Real Madrid na etapa de grupos, mas diante do Chelsea não conseguiu se impor. Pela primeira vez desde 2002 não há um representante da bota nas quartas da Liga dos Campeões.

Pior ainda foi o desenrolar da Copa da UEFA. O Napoli não passou sequer das eliminatórias. Nas oitavas, Milan e Sampdoria deram adeus. A esperança está na Udinese, que enfrenta o Zenit, atual campeão.

E a seleção? Derrotada pela Espanha na Eurocopa, a Azzurra trocou de técnico e faz um trabalho de renovação que ainda não deu resultado. O futebol praticado pelos italianos ainda é pobre e pouco convincente. Que o diga o confronto contra o Brasil.

A crise piora se lembrarmos que o público no Calcio não é dos melhores, há estádios obsoletos e a violência parece longe de ser contida, especialmente em dias de clássico e duelos entre clubes de tradição. Definitivamente, o futebol tetracampeão do mundo não está nada bem.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tapa na cara


Foram várias semanas me perguntando qual seria o diferencial de Quem Quer Ser um Milionário? Afinal de contas, poucos conseguiram a proeza de vencer prêmios tão importantes como a produção britânica-americana-indiana. E mais: apesar de ser independente, rodado fora do circuito hollywoodiano, ganhava status de grande favorito ao Oscar.

É até preconceito pensar assim, mas era difícil admitir que um filme com tais características fosse o líder na corrida pelo prêmio da Academia. Apesar das vitórias de Slumdog nos sindicatos dos diretores e roteiristas e no Globo de Ouro, ainda acreditava que a partir do Producers Guild tudo iria mudar.

Jamal, Latika e cia. também levaram a melhor na associação dos produtores, editores, fotógrafos, diretores de arte e até sonorizadores. É a única produção da história a vencer em todos os sindicatos. E a pergunta continuava em minha cabeça: Como? Qual o diferencial?

As dúvidas acabaram ontem. Fui ao cinema na pré-estreia do “vagabundo milionário”. Deixei a sala atônito. A expectativa, já alta, foi superada. Tudo funciona de forma brilhante. Do roteiro, simples e sensível, às atuações marcantes, comandadas por uma direção segura e dinâmica, que varia da agilidade das perseguições da infância à tensão do game na TV indiana. Tecnicamente é impecável – fotografia, montagem e trilha-sonora são memoráveis.

Há muito tempo não via um filme tão bom. Se uma surpresa enorme não acontecer amanhã, o Oscar de melhor longa-metragem estará em boas mãos. Fica, ainda, uma lição: “seguir fórmulas” e gastar milhões em campanha não significam nada quando comparados a uma história sincera e bem conduzida. Em outras palavras, Slumdog Millionaire é quase um tapa na cara de Benjamin Button.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Perdeu a graça?


Esqueceram a indicação para O Cavaleiro das Trevas e a dobradinha de Kate Winslet. WALL-E vai brigar em quatro frentes, inclusive roteiro, mas não beliscou os peixões lá em cima. Revelados os concorrentes ao 81º prêmio da Academia, vale perguntar:

- O Oscar 2009 perdeu a graça?
- Não.

Seria sim muito mais legal se Batman estivesse entre os cinco longas do ano, se a audácia da Pixar barrasse o pragmatismo de Ron Howard e cia. e até se Kate figurasse duas vezes na lista. Mas o interesse pela festa hollywoodiana não diminuiu.

Que a Academia é conservadora, não é novidade. É sempre mais difícil para os filmes de fantasia conseguir uma indicação na categoria principal. O Cavaleiro das Trevas é reconhecidamente um dos melhores de 2008, mas foi ultrapassado na reta de chegada por O Leitor, drama do sempre presente Stephen Daldry.

Daldry dirigiu apenas três vezes: Billy Elliot, As Horas e, agora, O Leitor. Nas três foi indicado ao Oscar. Para mim, pesou o de sempre: o drama-forte-de-fim-de-ano no lugar do “cinema pipoca”.

São casos como esse que valorizam ainda mais os feitos de Guerra nas Estrelas, Os Caçadores da Arca Perdida e O Sexto Sentido, todos nomeados a produção do ano – para não falar em O Senhor dos Anéis, que emplacou os três capítulos nas categorias principais e ainda papou a trinca filme-diretor-roteiro em O Retorno do Rei.

Quanto a Kate, melhor aparecer em apenas um trabalho. Os votos para a Sra. Sam Mendes não serão mais divididos. Segundo a crítica, ela está presente com a atuação de maior impacto, em O Leitor. Tomara que agora vá.

Com ou sem Batman, a briga para conquistar a Academia está entre Quem Quer Ser um Milionário? (péssima tradução de Slumdog Millionaire) e O Curioso Caso de Benjamin Button. O Producers Guild of America pode ser decisivo para apontar o vencedor do Oscar 2009. E ainda teremos boas disputas pelas estatuetas de ator, atriz e atriz coadjuvante. Definitivamente não perdeu a graça.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Kate & Danny


Foi difícil acreditar quando Kate Winslet subiu ao palco para receber seu segundo prêmio na mesma noite. Desafiando toda a lógica, ela venceu nas duas categorias em que estava indicada ao Globo de Ouro: melhor atriz de drama e melhor atriz coadjuvante.

Como a dona-de-casa de vida monótona nos anos 50 em Apenas um Sonho, faturou como principal desempenho dramático. Como uma ex-oficial nazista que se envolve com um garoto mais jovem, levou como coadjuvante por O Leitor. Emocionante.

Nunca escondi de ninguém minha preferência por Kate, para mim, a melhor intérprete de sua geração – sim, à frente de Cate Blanchett. Injustiçada, Winslet jamais havia vencido nos Golden Globes. Ainda falta o Oscar, para o qual já foi nomeada cinco vezes. Agora vai?

Ah sim, sobre os outros. Slumdog Millionaire, de Danny Boyle, com quatro conquistas (filme dramático, diretor, roteiro e trilha-sonora) confirmou a fama e é disparado o favorito ao Academy Award - mas ainda tenho ressalvas... O Curioso Caso de Benjamin Button decepcionou, assim como os dramalhões Milk e Frost/ Nixon. O esperado reconhecimento a Heath Ledger aconteceu na categoria ator coadjuvante.

2009 pode ter o Oscar mais legal dos últimos tempos. Imaginem o triunfo de um filme independente (Slumdog) sobre os dramas-fortões, as vitórias de Kate Winslet e do Coringa e a presença forte de O Cavaleiro das Trevas e WALL-E. Será que é sonhar demais?

sábado, 10 de janeiro de 2009

Galo 2009


Nenhum deles é uma estrela, mas juntos podem ajudar o Atlético a formar um bom time em 2009. Os reforços trazidos por Alexandre Kalil e Bebeto de Freitas são conhecidos no mercado e de qualidade superior aos contratados da era Ziza.

Júnior, o lateral, chega para ser titular no meio-campo ao lado de Renan Oliveira. Diego Tardelli vai formar dupla de ataque com Éder Luis. Os volantes Renan, Carlos Alberto e Júnior, o desconhecido, vão brigar por uma vaga com Rafael Miranda, Serginho (quando voltar da lesão no joelho) e Márcio Araújo. Lopes engrossa o elenco, mas deve começar no banco de reservas.

Se montar a equipe no 4-4-2, do qual é bastante adepto, Émerson Leão deve mandar a campo, já em janeiro, a seguinte formação:

Juninho; Sheslon, Leandro Almeida, Welton Felipe, Thiago Feltri; Rafael Miranda, Renan, Renan Oliveira, Júnior; Éder Luis e Diego Tardelli.

Ainda faltam laterais (pelo menos para a reserva), um zagueiro mais experiente, um goleiro confiável e um centroavante, porque Tardelli e Éder Luis costumam cair pelos lados.

De qualquer forma, o Galo começa 2009 com perspectivas bem melhores que as do ano do centenário. Mirar o título estadual e uma boa campanha na Copa do Brasil deixaram de ser possibilidade e viraram obrigação.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Eles deram adeus


Não foram poucos os ídolos que deixaram o esporte brasileiro em 2008. Sem muito esforço, lembramos de alguns nomes importantes.

Gustavo Kuerten - Abandonou o tênis ao perder na estréia em Roland Garros para Paul-Henri Mathieu. Maior tenista brasuca de todos os tempos, tricampeão do Grand Slam francês. Acima dele, apenas Bjorn Borg (seis títulos), Rafael Nadal (quatro) e Henri Cochet (quatro). Um mito.

PS - René Lacoste, Mats Wilander e Ivan Lendl também ganharam no saibro parisiense três vezes e estão empatados com Guga no hall dos campeões do Aberto da França.

Romário - O baixinho continuou jogando depois do milésimo gol (marcado em 2007), mas apenas para fazer número. Deixou oficialmente os gramados em abril. Um dos maiores craques que o futebol já viu. Poucos foram letais como ele.

Fofão - Ela ainda joga, mas se despediu da seleção brasileira de vôlei feminino em agosto. A medalha de ouro em Pequim coroou a carreira desta atleta, um ícone e exemplo a ser seguido dentro e fora da quadras.

Vanderlei Cordeiro - Bronze em Atenas` 2004, bicampeão Pan-Americano (Winnipeg` 1999 e Santo Domingo` 2003). Não fosse aquele padre, poderia ser ouro olímpico. O maratonista já foi eternizado e merece todas as homenagens por sua carreira.

Adriana Behar - Duas medalhas em Olimpíadas, ambas de prata (Sydney`2000 e Atenas` 2004) e seis títulos do Circuito Mundial ao lado da eterna parceira Shelda fizeram de AB uma das maiores do vôlei de praia feminino brasileiro. Deixou o esporte em fevereiro.

Qual deles foi o maior? Se fosse apontar um, ficaria com Guga, mas reconheço a dificuldade diante de histórias tão marcantes. Tomara que apareçam substitutos à altura no esporte nacional.