domingo, 12 de junho de 2011

Na Mosca


Matthew Vaughn acertou a mão. O diretor de Kick Ass recebeu da Fox a chance da vida dele e não a desperdiçou. Respeitando bastante a série original, transformou X-Men: Primeira Classe em um dos melhores filmes da saga dos mutantes. De quebra, fez do longa-metragem um dos favoritos ao posto de mais bem-sucedido do verão americano.

A curta carreira do cineasta de Londres, que tem apenas 40 anos, decolou em 2010 com Kick Ass. Sucesso inesperado, a história do nerd que resolve virar um super-herói conquistou público e crítica – a continuação já está confirmada, ainda sem data para estrear. Na esteira desse breakthrough, o inglês foi convidado para retomar a trajetória dos X-Men nos cinemas.

Difícil imaginar resultado melhor. As dúvidas de Mística, a dor de Hank McCoy, a amizade de Xavier e Magneto, bonita e sincera, apesar das diferenças... Cada passo dado pelos personagens em Primeira Classe ajuda a explicar o perfil mostrado na trilogia original. Mais importante ainda: Vaughn volta a abordar com sutileza o preconceito, lastro dos heróis nos quadrinhos, levado à sétima arte com sensibilidade por Bryan Singer e Brett Ratner nos três primeiros filmes (e detonado por Gavin Hood no fraco X-Men Origens: Wolverine).

A temporada do verão cinematográfico nos Estados Unidos ainda está no começo, mas já dá pra cravar: não vai ser fácil superar Primeira Classe. Os concorrentes Thor, Piratas do Caribe 4 e Se Beber, Não Case! 2 ficaram pra trás – são bons, é verdade, porém pequenos quando comparados ao subtexto contemporâneo dos X-Men. A bola está com Harry Potter 7.2 e Super 8. Façam suas apostas.