sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Perdeu a graça?


Esqueceram a indicação para O Cavaleiro das Trevas e a dobradinha de Kate Winslet. WALL-E vai brigar em quatro frentes, inclusive roteiro, mas não beliscou os peixões lá em cima. Revelados os concorrentes ao 81º prêmio da Academia, vale perguntar:

- O Oscar 2009 perdeu a graça?
- Não.

Seria sim muito mais legal se Batman estivesse entre os cinco longas do ano, se a audácia da Pixar barrasse o pragmatismo de Ron Howard e cia. e até se Kate figurasse duas vezes na lista. Mas o interesse pela festa hollywoodiana não diminuiu.

Que a Academia é conservadora, não é novidade. É sempre mais difícil para os filmes de fantasia conseguir uma indicação na categoria principal. O Cavaleiro das Trevas é reconhecidamente um dos melhores de 2008, mas foi ultrapassado na reta de chegada por O Leitor, drama do sempre presente Stephen Daldry.

Daldry dirigiu apenas três vezes: Billy Elliot, As Horas e, agora, O Leitor. Nas três foi indicado ao Oscar. Para mim, pesou o de sempre: o drama-forte-de-fim-de-ano no lugar do “cinema pipoca”.

São casos como esse que valorizam ainda mais os feitos de Guerra nas Estrelas, Os Caçadores da Arca Perdida e O Sexto Sentido, todos nomeados a produção do ano – para não falar em O Senhor dos Anéis, que emplacou os três capítulos nas categorias principais e ainda papou a trinca filme-diretor-roteiro em O Retorno do Rei.

Quanto a Kate, melhor aparecer em apenas um trabalho. Os votos para a Sra. Sam Mendes não serão mais divididos. Segundo a crítica, ela está presente com a atuação de maior impacto, em O Leitor. Tomara que agora vá.

Com ou sem Batman, a briga para conquistar a Academia está entre Quem Quer Ser um Milionário? (péssima tradução de Slumdog Millionaire) e O Curioso Caso de Benjamin Button. O Producers Guild of America pode ser decisivo para apontar o vencedor do Oscar 2009. E ainda teremos boas disputas pelas estatuetas de ator, atriz e atriz coadjuvante. Definitivamente não perdeu a graça.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Kate & Danny


Foi difícil acreditar quando Kate Winslet subiu ao palco para receber seu segundo prêmio na mesma noite. Desafiando toda a lógica, ela venceu nas duas categorias em que estava indicada ao Globo de Ouro: melhor atriz de drama e melhor atriz coadjuvante.

Como a dona-de-casa de vida monótona nos anos 50 em Apenas um Sonho, faturou como principal desempenho dramático. Como uma ex-oficial nazista que se envolve com um garoto mais jovem, levou como coadjuvante por O Leitor. Emocionante.

Nunca escondi de ninguém minha preferência por Kate, para mim, a melhor intérprete de sua geração – sim, à frente de Cate Blanchett. Injustiçada, Winslet jamais havia vencido nos Golden Globes. Ainda falta o Oscar, para o qual já foi nomeada cinco vezes. Agora vai?

Ah sim, sobre os outros. Slumdog Millionaire, de Danny Boyle, com quatro conquistas (filme dramático, diretor, roteiro e trilha-sonora) confirmou a fama e é disparado o favorito ao Academy Award - mas ainda tenho ressalvas... O Curioso Caso de Benjamin Button decepcionou, assim como os dramalhões Milk e Frost/ Nixon. O esperado reconhecimento a Heath Ledger aconteceu na categoria ator coadjuvante.

2009 pode ter o Oscar mais legal dos últimos tempos. Imaginem o triunfo de um filme independente (Slumdog) sobre os dramas-fortões, as vitórias de Kate Winslet e do Coringa e a presença forte de O Cavaleiro das Trevas e WALL-E. Será que é sonhar demais?

sábado, 10 de janeiro de 2009

Galo 2009


Nenhum deles é uma estrela, mas juntos podem ajudar o Atlético a formar um bom time em 2009. Os reforços trazidos por Alexandre Kalil e Bebeto de Freitas são conhecidos no mercado e de qualidade superior aos contratados da era Ziza.

Júnior, o lateral, chega para ser titular no meio-campo ao lado de Renan Oliveira. Diego Tardelli vai formar dupla de ataque com Éder Luis. Os volantes Renan, Carlos Alberto e Júnior, o desconhecido, vão brigar por uma vaga com Rafael Miranda, Serginho (quando voltar da lesão no joelho) e Márcio Araújo. Lopes engrossa o elenco, mas deve começar no banco de reservas.

Se montar a equipe no 4-4-2, do qual é bastante adepto, Émerson Leão deve mandar a campo, já em janeiro, a seguinte formação:

Juninho; Sheslon, Leandro Almeida, Welton Felipe, Thiago Feltri; Rafael Miranda, Renan, Renan Oliveira, Júnior; Éder Luis e Diego Tardelli.

Ainda faltam laterais (pelo menos para a reserva), um zagueiro mais experiente, um goleiro confiável e um centroavante, porque Tardelli e Éder Luis costumam cair pelos lados.

De qualquer forma, o Galo começa 2009 com perspectivas bem melhores que as do ano do centenário. Mirar o título estadual e uma boa campanha na Copa do Brasil deixaram de ser possibilidade e viraram obrigação.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Eles deram adeus


Não foram poucos os ídolos que deixaram o esporte brasileiro em 2008. Sem muito esforço, lembramos de alguns nomes importantes.

Gustavo Kuerten - Abandonou o tênis ao perder na estréia em Roland Garros para Paul-Henri Mathieu. Maior tenista brasuca de todos os tempos, tricampeão do Grand Slam francês. Acima dele, apenas Bjorn Borg (seis títulos), Rafael Nadal (quatro) e Henri Cochet (quatro). Um mito.

PS - René Lacoste, Mats Wilander e Ivan Lendl também ganharam no saibro parisiense três vezes e estão empatados com Guga no hall dos campeões do Aberto da França.

Romário - O baixinho continuou jogando depois do milésimo gol (marcado em 2007), mas apenas para fazer número. Deixou oficialmente os gramados em abril. Um dos maiores craques que o futebol já viu. Poucos foram letais como ele.

Fofão - Ela ainda joga, mas se despediu da seleção brasileira de vôlei feminino em agosto. A medalha de ouro em Pequim coroou a carreira desta atleta, um ícone e exemplo a ser seguido dentro e fora da quadras.

Vanderlei Cordeiro - Bronze em Atenas` 2004, bicampeão Pan-Americano (Winnipeg` 1999 e Santo Domingo` 2003). Não fosse aquele padre, poderia ser ouro olímpico. O maratonista já foi eternizado e merece todas as homenagens por sua carreira.

Adriana Behar - Duas medalhas em Olimpíadas, ambas de prata (Sydney`2000 e Atenas` 2004) e seis títulos do Circuito Mundial ao lado da eterna parceira Shelda fizeram de AB uma das maiores do vôlei de praia feminino brasileiro. Deixou o esporte em fevereiro.

Qual deles foi o maior? Se fosse apontar um, ficaria com Guga, mas reconheço a dificuldade diante de histórias tão marcantes. Tomara que apareçam substitutos à altura no esporte nacional.