sábado, 22 de janeiro de 2011

Galo 2011


A cena se repetiu várias vezes. O torcedor do Atlético comparecia à Arena do Jacaré, apoiava durante a partida e quando sentia a necessidade de mudança na equipe, olhava para o banco de reservas e fazia cara feia. Com um elenco raso em 2010, o Galo sofreu no Brasileirão, mas sobreviveu. Para 2011, esse problema parece ter sido resolvido.

Desde o último mês de dezembro, a diretoria adotou um discurso correto sobre a obrigação de qualificar o plantel para disputar títulos no ano novo. Culpa do grupo pouco confiável montado por Vanderlei Luxemburgo na temporada passada. Quando não podia contar com Zé Luís ou Serginho, o clube tinha que recorrer a Alê, Fabiano ou Méndez. Na defesa, Rafael Cruz, Diego Macedo, Cáceres, Campos e Fernandinho foram verdadeiros fracassos. Para piorar, as seguidas lesões de Diego Tardelli, Daniel Carvalho e Ricardinho atrapalharam ainda mais. Diante disso, fica difícil não dizer que os cartolas atleticanos fizeram a coisa certa.

Com um moral altíssimo conquistado dentro de campo, Dorival Júnior dispensou alguns atletas e recebeu reforços pontuais, escolhidos a dedo pelo técnico em parceria com o diretor de futebol Eduardo Maluf e o presidente Alexandre Kalil. Para o gol, chegaram Giovanni e Lee. Na defesa, as contratações foram o lateral-direito Patric e o zagueiro Leonardo Silva. Richarlyson e Toró são as caras novas do meio-campo. No setor ofensivo, quatro novidades: Mancini, Jóbson, Magno Alves e Wesley.

É verdade que algumas negociações inspiram mais dúvidas que certezas. Jóbson pode ser punido pelo CAS por uso de cocaína e, desta forma, ser suspenso por até dois anos. Mancini não joga em alto nível há duas temporadas. Patric e Wesley fizeram ótimos Campeonatos Brasileiros por Avaí e Prudente respectivamente, porém são apostas da comissão técnica. Mesmo assim, seria uma tremenda ignorância não reconhecer que o Atlético melhorou.

Pela primeira vez, Dorival Júnior terá a chance de armar pelo menos três formações diferentes para o time. Fã do 4-3-3, o treinador deve começar o Campeonato Mineiro nesse esquema, com Réver e Leonardo Silva na zaga, Richarlyson, Serginho e Renan Oliveira no meio e um ataque rápido sustentado por Jóbson, Diego Tardelli e Ricardo Bueno (substituto de Obina). O 4-4-2 deve ser a carta na manga do comandante, em três versões: uma de velocidade, outra de toque de bola e uma mais pegada, com um trio de volantes.



O Galo 2011 está longe de ser uma Seleção. Entretanto, já é, no papel, o mais forte desde 2001, quando tinha Guilherme, Marques, Valdo, Ramón, Lincoln, Gilberto Silva, Djair, Cleisson, Felipe e Velloso. Apesar destas estrelas, aquele alvinegro foi vice-campeão estadual e caiu na semifinal do Brasileiro. Fica a torcida para que neste ano o desfecho seja mais feliz. Dá pra acreditar.

5 comentários:

Ivan disse...

Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)
Ricardo Bueno (substituto de Obina)

Felipinho disse...

Time destruidor!
com reservas de luxo (e acima do peso) como Obina destruidor e Daniel caralho!!
Não tem pra ninguém

Bernardo disse...

A ladainha da torcida rosa continua a mesma e, não tenho dúvidas, os resultados em campo também: escapar da segunda divisão é motivo para receber o time no aeroporto!

Unknown disse...

Não é querendo ser chato nem nada, mas eu já vi esse filme. Muitas vezes, o galo monta um time com um elenco espetacular no papel. Mas só no papel.

Giovanni disse...

Vocês nunca vão entender que o ponto decisivo do futebol é a TÁTICA? O Atlético será campeão brasileiro porque tem um técnico que entende de tática e sabe treinar o time. Isto se a diretoria não avacalhar, como fez em 2009 com o Celso Roth.