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Spike Lee levantou, gritou, reclamou. Presença costumeira nos jogos do New York Knicks, o cineasta não perdeu a primeira partida de playoff da NBA no Madison Square Garden desde 2004. Com Carmelo Anthony e Amare Stoudemire, Nova Iorque finalmente tinha uma chance na pós-temporada da liga americana. Tinha. Só faltou avisar o Boston Celtics.
“O Knicks não foi páreo para eles”, resumiu em tom resignado o jornal The New York Times. Sólido e eficiente, Boston atropelou: 113 a 96. Se nos dois primeiros encontros da série NY chegou perto da vitória, ontem, quando tinha tudo para equilibrar o confronto, viu o alviverde de Massachusetts mostrar porque é o maior campeão da história do basquete ianque. Com 3 a 0 no mata-mata, o Celtics só precisa ganhar mais um duelo para chegar à semifinal da Conferência Leste.
A 2000 km da Big Apple, Nova Orleans assistia a uma história parecida. O New Orleans Hornets até batera o atual bicampeão Los Angeles Lakers fora de casa no primeiro capítulo do embate, porém perdera no segundo e, com a torcida a favor, jogava para voltar à liderança da disputa. No entanto, na hora de decidir, LA não deu a menor chance para o rival.
Na terra do Jazz, Kobe Bryant anotou 30 pontos e o garrafão do Lakers arrasou o Hornets. Com 17 tentos de Pau Gasol e outros 14 de Andrew Bynum, o “trabalho sujo” da equipe amarela foi impecável. “Foi demais para New Orleans”, lamentou a imprensa local. Placar final: 100 a 86 e 2 a 1 para os comandados de Phil Jackson no melhor-de-sete.
Boston e Los Angeles mostraram o que deles se esperava: no momento certo, iriam crescer. Não à toa, são os dois gigantes da NBA – 17 taças para o Celtics, 16 para o Lakers. Podem até cair diante de Chicago Bulls, San Antonio Spurs ou Miami Heat, mas sem desfalques são os grandes favoritos ao título, mais uma vez. Pobre Spike Lee.