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terça-feira, 10 de abril de 2012

Gigante

Novak Djokovic venceu o Australian Open, Roger Federer conquistou três títulos, Thomaz Bellucci levantou a torcida brasileira na Copa Davis. No entanto, o nome do tênis em 2012 é outro. O americano John Isner evoluiu, derrotou adversários de respeito e mostrou que merece um lugar entre os melhores tenistas do mundo.

O retrospecto e a matemática jogam a favor de Isner. O grandalhão de 2,06m derrubou Federer no saibro de Friburgo, em plena Suíça, na Copa Davis. Logo depois, o ianque não deu chances a Djokovic na semifinal do Masters 1000 de Indian Wells. Na semana passada, foi a vez de Jo-Wilfried Tsonga dançar, em outro confronto da Davis, desta vez em Roquebrune, na França. A escalada no ranking mundial acompanhou o ritmo das vitórias. John terminou 2011 na 18ª posição. Hoje, ocupa o 10º posto.

E por que John Isner cresceu tanto nos últimos meses? O atleta que “só sabia sacar” investiu no jogo do fundo da quadra e na rede. O resultado salta aos olhos. Isner ganhou consistência atrás e ficou perigoso na frente. Como o serviço continua afiado, é fácil entender o porquê da ascensão do americano nesta temporada.

Rafael Nadal e Novak Djokovic são exemplos da eficiência da combinação entre humildade e disciplina. O espanhol e o sérvio reconheceram que precisavam evoluir, identificaram os problemas e trabalharam duro. Desta maneira, chegaram ao topo do tênis mundial. Agora é a vez de John Isner experimentar a fórmula de sucesso. Quem será o próximo?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Impressionante


Quando batia bola aos oito anos de idade em Belgrado, então capital da Iugoslávia, o jovem Novak Djokovic sonhava que era o grande campeão de Wimbledon. Elegante no jogo e no uniforme, ele dominava os rivais na grama londrina e levantava a taça na lendária Quadra Central do All-England Club. Aquele menino já queria conquistar o mundo do tênis, mas nem de perto imaginava até onde iria chegar.

24 vitórias em 24 partidas. De tão imponente, a marca estabelecida por Nole em 2011 assusta. O sérvio foi campeão no Aberto da Austrália, no ATP 500 de Dubai e nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami. Desde 1986, um ano antes dele nascer, ninguém tinha um começo de temporada tão arrasador. Naquela época, Ivan Lendl ganhou os primeiros 25 confrontos que fez.

Os números impactantes são a maior conseqüência da ótima fase vivida pelo tenista. Há quase doze meses, depois de perder de maneira frustrante nos Masters dos Estados Unidos, Djoko foi considerado carta fora do baralho. Pra muita gente, tinha rendido tudo o que podia. Sem tempo para sentimentalismo, ele demitiu o técnico Todd Martin e ficou apenas com Marian Vajda, que o acompanha desde muito jovem.

A dupla começou a trabalhar duro e os resultados apareceram. Novak fez um ótimo segundo semestre em 2010, fechando o ano com o triunfo na Copa Davis em casa em uma final espetacular contra a França. Com a confiança em alta, ele mudou. Praticamente todos os golpes do atleta melhoraram. O forehand tornou-se uma verdadeira patada. O backhand é agora uma arma letal, especialmente o chapado na paralela. O serviço evoluiu e as curtinhas ganharam inteligência. Nessa toada, Djokovic cresceu e venceu. Com todo merecimento, é hoje o melhor jogador do mundo. Lembram dos números? Comprovam essa ascensão.

A pergunta do momento é se o sérvio será capaz de alcançar a liderança do ranking da ATP. Segundo colocado na lista, ele precisa derrubar Rafael Nadal no saibro europeu para chegar lá. Se bater o espanhol na terra batida, terá superado todas as barreiras e poderá acreditar no título em Wimbledon – o Slam inglês é realizado logo depois de Roland Garros. Nada mal para quem já achou que essa chance não passava de um sonho de criança.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O saibro, finalmente


Os uniformes ganharam aquela sujeira avermelhada, as derrapagens pela quadra se tornaram freqüentes, o jogo ficou menos veloz e mais bonito. Começou a temporada do saibro da ATP, a mais aberta dos últimos anos.

A culpa é de Rafael Nadal. A partir do título em Sopot em agosto de 2004, o espanhol construiu uma das maiores hegemonias da história sobre a terra batida. Conquistou 25 torneios nesta superfície e foi tetracampeão em Roland Garros – perdeu pela primeira vez na Phillip Chartrier em 2009, machucado.

O que aconteceu de Paris para cá não é novidade para o fã do tênis. Rafa acumulou uma série de problemas físicos e até hoje não voltou ao nível que o levou à liderança do ranking mundial. O Touro já melhorou muito, mas a instabilidade fez os adversários perderem o medo do garoto de Manacor.

Com o enfraquecimento do bicho-papão, a concorrência ganhou espaço. Roger Federer aproveitou o fato e ergueu o último Aberto da França. Agora, virá com força total, sem pressão, em busca do bicampeonato.

Novak Djokovic, Juan Martin Del Potro, Nikolay Davydenko e Robin Sonderling sabem bem como jogar no saibro. O sérvio e o sueco se mostraram motivados para as próximas competições. O russo e o argentino se recuperam de lesões, mas devem estar 100% para o Grand Slam francês.

Desta forma, nos próximos três meses teremos pelo menos seis nomes em boas condições de disputar os troféus da quadra lenta. A corrida começou nessa semana em Monte Carlo. Quem vai levar a melhor?

Minha aposta é simples e ortodoxa: o bicho-papão vai voltar a engolir quem aparecer em seu caminho.