segunda-feira, 23 de junho de 2008

Wimbledon 2008

Que Roger Federer é o maior favorito ao título de Wimbledon não é novidade. Pentacampeão na grama inglesa, o suíço perdeu pela última vez por lá em 2002. Igualou no ano passado a marca de Bjorn Borg – cinco títulos seguidos. Agora, luta para ser o primeiro hexa legítimo da história daquele Grand Slam.



Mas desde 2002 a competição inglesa nunca esteve tão aberta. Há sim o favoritismo do “Leão da Montanha” (o Federer, não o Miudo). Porém Rafael Nadal e Novak Djokovic, em temporada bastante superior à do número um do mundo, despontam com força maior à apresentada em 2007.

Outra coisa que todo mundo sabe é que o Federer versão 2008 está bastante distante do jogador que vimos nos últimos anos. Basta saber que ele tem apenas dois títulos na temporada (nos fracos ATPs de Estoril, no saibro, e de Halle, na grama). Nos dois Grand Slams já disputados, caiu por 3 sets a 0 – para Nole, na Austrália, e Rafa, na França.

É justamente a junção do enfraquecimento de Roger Federer e da evolução da dupla Nadal-Djokovic que faz deste Wimbledon o torneio mais parelho dos últimos anos.

Dito isto, podemos especular livremente sobre o que cada um dos três poderá apresentar no All-England Club. Nadal pegou, definitivamente, a chave mais fraca (já era hora, uma vez que, no saibro, ele sempre esteve nas chaves mais difíceis). Djokovic terá algum desafio apenas nas quartas-de-final, assim como o RF.

O grande duelo do Touro Indomável deve ser contra Andy Roddick ou James Blake nas semifinais (favoritismo de Roddick). O texano joga bem na grama, saca como poucos e é bastante forte fisicamente. Mas essa combinação caiu por 2 a 0 diante de Rafa há duas semanas, na grama de Queen’s, num jogo que deixou clara a evolução de Nadal na superfície, de 2007 para cá.



A incrível consistência do tenista de Mallorca assusta até seus adversários. Nos últimos 6 torneios disputados, venceu cinco – Monte Carlo, Barcelona, Hamburgo, Roland Garros e Queen’s. Só não ergueu o caneco em Roma, quando caiu com várias bolhas nos pés.

Por tudo isso, a chance de vermos o espanhol na final pelo terceiro ano seguido é grande. E é exatamente nisso que eu aposto.

A outra chave

Se Federer é um leão e Nadal um touro, por que Novak Djokovic é sempre chamado de o cara legal e carismático? Bem que ele poderia ser o Urso do Bosque, tomando emprestada a expressão do amigo Trop. Fato é que Nole deve avançar com facilidade até as quartas-de-final.

E aí que, teoricamente, o bicho pega. O adversário do número três do mundo seria o argentino David Nalbandián. Mas duvido que o hermano chegue até a quartas. Está em má fase. E se enfrentasse Nole nessa etapa, poderia levar outra surra (e o 6-0/ 6-1 nas semifinais de Queen’s?).

Djokovic, talentoso e eficiente, deve chegar sim à penúltima rodada e marcar duelo com Federer, assim como aconteceu no Australian Open. E aí, o que acontece?

Fato é que não há quem jogue como Roger. Talentoso, forte física e mentalmente, eficiente, decisivo. Mas o tênis dele anda abaixo do esperado. O primeiro grande embate pode ser contra David Ferrer ou Nikolay Davydenko. Na boa? Dá Federer contra qualquer um dos dois, com autoridade.

Assim, para mim, o primeiro desafio verdadeiro do suíço será diante de Djokovic, já nas semifinais. Hora de reprovar seu valor e calar a boca de todos que agora duvidam dele. Hora dele voltar a mostrar que a raquete funciona como uma extensão do seu próprio corpo (certo Bernardo “Campos” Esteves?).



Portanto, motivação não faltará. E com esse jogo nas mãos, Roger há de trucar Nole, que terá de correr. E Wimbledon, na minha modesta opinião, verá pela terceira vez seguida, uma final entre Suíça e Espanha, Federer e Nadal.

E ai, quem leva? Jogo duro e equilibrado, como em 2006 e, principalmente, 2007. E apesar de Rafa mostrar enorme evolução na grama e da minha torcida pelo espanhol, dá Federer. Afinal de contas, o All-England Club é o quintal da casa dele, assim como a Phillipe Chartrier faz parte da morada de Rafael Nadal.

3 comentários:

Guilherme Abreu disse...

esse ano relamente vai ser o mias foda de todos
to com medo do nadal
na verdade é mais pelo federer ta jogando mal do que tudo

mas mesmo assim:
dalhe roger federer!!!!

Felipinho disse...

é cara, vou começar elogiando a foto do Leão da montanha de terno no final, muito estilosa!

Acho que ele tem caído um pouco de ritmo, normal pra um cara que ganhou tudo! Me impressiona como ele ainda não desistiu como o Henin! uhauhahuah!

Zuação a parte, todos sabem que gosto do Nadal, mas meu tenista 1 é o suiço. Na grama, apesar da evolução de Djokovic, ele papa fácil! Já a final antecipada contra o Nadal é dificil falar, sendo que o "Rafa" tem mostrado muito mais garra que o Leão, (Roland Garros mostra isso) e a vontade dele de vencer onde se joga de branco pode ser decisivo contra um Federer não tão empolgante como sempre.
Mais uma vez, promete ser uma final daquelas!

Unknown disse...

Até que enfim, pederasta. Bom texto, quanto ao conteúdo, não entendo muito de tênis, mas confio em você. Vou usar a conta da minha irmã para fazer comentários no seu blog, pois não sou google. Abraço. Bernardo Esteves