sábado, 22 de novembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

Como explicar o amor? Talvez esse seja o tema mais abordado na história das artes – cinema, teatro, literatura, etc. Que ele é capaz de nos fazer virar a cabeça e tem uma força difícil de explicar, não é novidade – e eu não sou a pessoa que vai falar sobre isso.

Woody Allen gosta disso. O novo trabalho dele, Vicky Cristina Barcelona, não tenta explicar o sentimento, o que o move e tudo mais. Fala sobre escolhas, pessoas, relacionamentos e é perfeito para mostrar como o amor (ou a paixão), tão presentes nisso tudo, podem mudar a vida de alguém.

Vicky tem tudo o que pediu a Deus: o noivo desejado, uma casa em Manhattan, a pós-graduação dos sonhos, até encontrar Juan... E como uma noite muda a cabeça da garota. Trocar tudo o que sempre quis por uma aventura? Ela não tem coragem. Viverá então “presa” num casamento infeliz? Outro dilema. E se a tal noite nunca existisse, o que seria da vida dela?

A covardia de Vicky não existe em Cristina. Aventureira, liberal, “porra louca” mesmo. Experimenta de tudo e com todos, mas não encontra estabilidade com ninguém nem em lugar nenhum. Com Juan, como será? O que falta à garota dos olhos azuis (ou seriam verdes)?

E Juan e Maria Elena? Feitos um para o outro, mas não conseguem ficar juntos. Simplesmente algo os atrapalha. Talvez só o amor não seja suficiente. É preciso algo mais...

Essas situações acontecem diariamente em vários cantos do mundo. Mudam-se apenas os nomes dos protagonistas. Woody Allen as pincela em VCB, com seu habitual ritmo frenético, pitadas de humor (nem tantas), cores e música fortes. O resultado é bem legal.

Vicky Cristina Barcelona não é melhor que Match Point – acredito que as comparações com o último grande trabalho de Allen vão aparecer apesar de uma obra não ter absolutamente nada a ver com a outra. Mas vale uma ida ao cinema. Se você não quer saber de amor, decisões, sentimentos e não gosta do diretor de Nova York, vá mesmo assim, ainda que “apenas” para ver Penélope Cruz e Scarlett Johansson.

7 comentários:

Anônimo disse...

O Woody Allen aparece no filme?

Guilherme Abreu disse...

o match point é realmente muito bom
mas a comparação é dificil.
Se é do Woody Allen é no minimo legalzinho

Felipinho disse...

Se tem um beijo das duas musas com certeza valeu os 19$!!
Acho tb que a comparação com Match Point é dificil de evitar, pois os 2 temas tratam de relacionamentos e escolhas que remetem ao coração ...
É sempre um tema polêmico que atinge a todos os seres amantes do mundo (nós).

Unknown disse...

Eu vou assistir por dois motivos:

1-Tem a Scarlet!
2-Tem a Penélope!
3-Como disse o Gui, "Se é do Woody Allen é no minimo legalzinho".

Agora, isso me estimulou ainda mais: tem mesmo um beijo das duas?

Sobre a crítica, acho que você poderia abordar alguns outros aspectos, ao invés de ficar falando sobre o amor com o cuidado de não contar o filme... Isso prejudicou um pouco, e eu acabei sem saber nada que eu não saberia de qualquer outro filme "do tipo".

Unknown disse...

Poxa, que paia, agora tô achando que ficou meio pesado, né?!?! Foi malz...

Filipe Abreu disse...

Relax PTT.

Minha idéia tbem não era fazer uma crítica, só comentar um aspecto do filme mesmo. Longe de mim fazer crítica!

E tem o beijo das duas sim.
Abrass.

Higiene Mental disse...

Juan Antonio-mito-gênio-supremo-rei! Meu mais novo ideal. O exemplo.