sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cada vez mais forte


Poucos diretores são tão cultuados como David Fincher. Culpa de Seven e Clube da Luta. Criativos e inegavelmente impactantes, esses filmes o transformaram em um dos nomes mais promissores de Hollywood no fim da década passada.

Apesar do sucesso alcançado nos anos 90, Finch demorou para entrar no clubinho das premiações. Só em 2009 foi indicado ao Oscar pela primeira vez, com O Curioso Caso de Benjamin Button. Mesmo com uma campanha robusta da Warner, o roteiro do homem que rejuvenesce com o passar do tempo ficou pelo caminho e perdeu a corrida para Quem Quer Ser um Milionário.

Seria no mínimo irônico, para não dizer uma derrota, ver um cineasta marcado pela originalidade ganhar a Academia com uma produção repleta de fórmulas para fazer sucesso. Benjamin Button não era, definitivamente, o melhor tiro de Davey.

Duas temporadas se foram e, agora sim, o moço de Denver parece ter acertado em cheio. A Rede Social (The Social Network) é o grande destaque de 2010 até o momento. Críticos estão rendidos, público encantado e o caminho para os tapetes vermelhos já está construído.



Curioso é notar que, a princípio, a trama não tem nada demais. Trata-se da história da criação do Facebook e como isso alterou a vida de todos envolvidos naquele projeto. Para os mais exaltados, o longa tem um quê de American Graffiti e outro de Cidadão Kane, um pé na perda da inocência e outro na dificuldade ao lidar com o poder.

Segundo a Entertainment Weekly, indicações para filme, diretor, roteiro adaptado, ator e ator coadjuvante são certeza. A Focus Features ainda tenta ir mais longe: quer emplacar três nomeações a coadjuvante - em todos os tempos, isso só aconteceu com Sindicato dos Ladrões, O Poderoso Chefão e O Poderoso Chefão II.

A Rede Social se tornou, então, uma grande barbada?

Ainda é cedo para dizer. Há vida na concorrência.

Ao retratar a luta do rei George VI para superar um problema na fala e liderar o povo inglês na Segunda Guerra Mundial, The King's Speech desponta como um dos mais belos trabalhos de 2010. Já venceu o Festival de Toronto.

A popularidade ímpar de Christopher Nolan e a força de A Origem são uma ameaça constante, especialmente porque Chris foi ignorado em 2008 com o excelente O Cavaleiro das Trevas.

Clint Eastwood parece de volta aos seus melhores dias em Hereafter.

Danny Boyle gostou de ser protagonista e promete muito em 127 Horas, biografia do alpinista Aron Ralston.

E tem ainda Darren Aronofsky em Cisne Negro e os irmãos Coen (de novo!) em True Grit.

Portanto, não dá pra prever que esta é a vez de David Fincher. No entanto, ele nunca esteve tão perto da estatueta mais cobiçada do planeta.

4 comentários:

Ivan disse...

Porque não fazem um filme sobre a vida do Orkut?

Elisa disse...

Apesar de contar com Justin Timberlake no elenco eu quero ver esse filme,afinal sou uma adepta do facebook!
Mais aqui,você viu Comer,Amar e Rezar?Eu vi e gostei bastante!Não se deixe influenciar pelas críticas que dizem que o filme é clichê.Na verdade,as críticas que eu li é que foram todas clichês!Assiste e me conta o que você achou...
Beijoo!

Anônimo disse...

Ah escrevi errado ali,
o nome é Comer,Rezar e Amar...

Isabel disse...

Acho muito cedo ainda pra eu falar, até por que só assisti o a origem, que é excelente, mas pelo pouco que tenho acompanhado acho que vai ter batante concorrencia. O cisne negro parace que vai ser super bizarro, daqueles "ou vc ama ou vc odoeia" e que nem todo mundo vai entender o enredo. O filme do Clint, é do Clint né?? Só o fato de ser dele já fala por si. Agora, os irmãos Cohen q pode ser uma grande ameça já que, pra mim, que odiei os dois ultimos filmes deles, a academia jah mostrou uma grande simpatia pela dupla. Acho que realmente, é so esperar ate q tds os filmes estreiem pra poder dar uma opinião com base!